sexta-feira, 4 de março de 2016

Campo de flores

Estou deitada em um campo de flores olhando o céu.
Desde sempre o céu é algo que me encanta.
Gasto todo o tempo possível admirando-o.
Seu tamanho e beleza me fazem sentir menor, mas não sei. Tem alguma coisa nele que me faz acreditar que ele é um pouco feito pra mim. Então, observo-o por horas com o maior prazer.

Nesse cenário ideal, o certo seria que eu estivesse em paz, radiante.
E eu estou assim. Pelo menos fico assim. Mas não o tempo todo.
É porque mesmo diante desse céu enorme que parece um pouco meu, ainda sou eu.

Ouvi prévias do que acontecerá nos próximos dias e olho para o futuro e me empolgo toda.
Decidi que vale a pena passar pelo que for no presente, desde que possa viver essas coisas com as quais tanto sonho.
Contudo, saber para onde estou indo torna as coisas mais leves, mas não mais fáceis. Por isso não é tão fácil só deitar e assistir ao show.
Entendo muito bem as coisas pelas quais estou passando. Não tenho respostas para cada coisa, mas tenho ganhado algumas explicações - gerais, mas ainda assim, são explicações rs.
Mas ainda assim dói aqui.

Gosto muito de pensar que vou, sim, chegar lá. Mas que vou chegar lá sendo pessoinha. E está tudo bem.
Como pessoinha, sinto dor, medo, me sinto vulnerável, com frio, insegura.
Acerto aqui mas erro ali, aguento aqui mas estouro ali, tenho sucesso aqui e fracasso ali, porque afinal, é isso que eu sou: só mais uma pessoinha.
Mas sou uma pessoinha que não depende de suas próprias mãos e que pode descansar porque quando tudo aqui pesa, tem onde colocar seu fardo.
E leve fica :)


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