quarta-feira, 26 de julho de 2017

Tempo

Tempo preenchido
Tempo corrido
Tempo cansado
Tempo perdido
Tempo esgotado

Com a agenda cheia, lotada, e com o coração vazio, me questiono sobre a real relevância de tantas tarefas.
Tantas coisas que me consomem o tempo de tal forma que não me resta tempo pro importante.
Descansar, ver meus amigos, me cuidar, ter um hobbie, um lazer ou mesmo ir ao museu, que tanto gosto, só se me sobrar tempo, o tempo que me falta.
Assim, o que é importante, os momentos com Deus, os momentos de solitude ou mesmo de auto conhecimento, ficam de escanteio, pra se rolar uma brecha na agenda.
Mantenho esse ritmo até surtar e quando surto, me pergunto a razão de tudo. Se é x que toma meu tempo, então por que durante as férias ainda me sinto cansada? Se isso é tão importante, por que estou tão agoniada? Se fazer tudo isso é realmente necessário, por que o vazio continua aqui dentro? Se eu fizer tudo o que me é proposto, a cobrança vai acabar?

É preciso repensar, parar, reordenar.
O que é realmente importante senão aquilo que é maior do que momentos, mais firme do que eventos e mais duradouro do que ciclos?
Não vale ganhar tudo e a todos e me perder.
É preciso estar alinhada, descansada, alimentada, bem cuidada para poder bem cuidar.
O trivial é o que pode esperar, não o contrário.
Me ajude a caminhar assim, por favor.

terça-feira, 25 de julho de 2017

Dia do escritor

Hoje é dia do escritor.

Ernest Hemingway definiu bem o que você precisa fazer para ser um escritor: "Tudo o que você precisa fazer é se sentar em frente de sua máquina de escrever e sangrar".
Eu escrevo desde que sou adolescente e desde cedo constatei que Hemingway estava certo. Escrever é sangrar, é colocar pra fora aquilo que está dentro de mim, às vezes me afligindo, em outras me incomodando, em outras, ainda, me encantando, quase sempre me sufocando. Às vezes é preciso sangrar para lembrar que estamos vivos. Para mim, é preciso escrever para conseguir viver normalmente.
Escrever sempre me foi tão necessário que foi quase natural trocar qualquer outra faculdade por jornalismo. Escrever sempre foi tão natural que foi quase consequência escrever um livro diante de uma mudança drástica na minha vida. Escrever sempre foi tão consequente que sonho em fazer isso até quando ficar velhinha. Escrever sempre foi sonhar de forma a outros participarem e isso é muito prazeroso.
É claro que nem tudo são flores. Sofro de bloqueios criativos como qualquer um, passo meses sem postar no blog, quase sufoco até entender que preciso parar para escrever, já chorei escrevendo, já escrevi chorando, já coloquei toda a minha dor em um "papel", já expus o que estava tentando calar, já maqueei o que era bem claro, enfim, já sangrei em frente à minha máquina de escrever, papel, computador ou celular. E espero que isso continue a acontecer sempre.
Sou só uma aspirante a escritora, mas fico feliz pela comemoração desse dia que também é meu!
  • Feliz dia pros amigos e companheiros de sangramento rsrs