terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Hoje

Hoje eu não quero salvar o mundo.
Hoje eu não quero discutir política, não quero nem saber que foi golpe.
Hoje eu não quero ter um monte de compromissos, fazer tudo na correria nem ir a lugar nenhum só pra bater cartão.
Não quero atravessar a cidade, enfrentar transporte ou bloqueio criativo.

Hoje eu não quero ter que me concentrar ou mesmo que trocar de roupa.
Hoje eu não quero ter que ser relevante ou ter que decidir qualquer coisa.
Não quero fingir que está tudo bem, que uma parte da minha história não acabou de vez ou que é mesmo só o filho da amiga da minha mãe.

Hoje eu quero deitar na minha cama, assistir Netflix ou mesmo lavar roupa.
Hoje quero sentir a minha dor, encarar o meu luto, velar minha juventude.
Quero provocar o mundo contando o que aconteceu, como estou me sentindo.
Quero lembrar a história, encarar os fatos, enfrentar que o que poderia ter acontecido não aconteceu e não vai mais acontecer mesmo.

Hoje eu quero definir o clima, sair logo do almoço, mas conversar até tarde com quem me sinto bem.
Quero cuidar, perguntar se está tudo bem, se comeu e como continua vivendo agora.
Quero parar, me rebelar contra o relógio, dizer que não adianta ele continuar correndo porque eu não sou um robô. Eu vou parar para sentir a minha dor.
Hoje vou assumir que não entendo, mas mesmo assim aceito e que é só isso mesmo que eu sou.

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Sobre nossas decisões diante das dificuldades

Todo criativo, por mais criativo que seja, tem suas marcas registradas em sua obra.
Se é possível que na obra dO Criativo, o Senhor Deus, seja encontrado um padrão, eu acredito que este sejam as cicatrizes, as marcas, o sofrimento presente na vida de todos aqueles que se colocam em posição de viver com e para este Deus.

Quando ouço as histórias, sempre reconheço esta marca. As razões podem ser diversas, porém acontece algo que traz o sofrimento e nos ensina sobre confiança Naquele que escreve nossa história.
E aí, das duas uma: ou a pessoa não aguenta ou ela se joga na vontade que lhe parece inevitável, mas lhe é irresistível. E é deste segundo time que saem as melhores histórias, as maiores verdades, a transformação real de uma vida com Deus.

Diante dessas, com as quais não sabemos lidar, por diversas vezes o Criador nos dá ferramentas simples, que jamais imaginamos, mas que super conseguem nos ajudar a enfrentar esses momentos. A música abaixo se chama Even Now, do United Pursuit, e ela foi muito marcante diante de todas as dificuldades que eu enfrentei nos últimos meses, pois assim como na letra dessa música, minha decisão foi permanecer em obediência diante do Senhor. Ouve comigo:



Esses dias eu estava conversando com minha amiga Paula e ela estava dizendo que pra ela, é como se esses momentos de dificuldade e crises intensas estivessem formando músculos para que ela pudesse viver o que Jesus tem preparado para ela. Para mim, essa analogia faz todo o sentido.
E com esse pano de fundo, me faz mais sentido ainda pensar na letra da música: "mesmo quando eu não consigo entender o que está acontecendo... todos nós temos escolhas para fazer, e essa é a minha: mesmo agora, aqui está o meu coração, Senhor. Estou apaixonado!"

O ponto é que a história depois das dores sempre vale a pena. Sempre é mais bonita do que poderíamos imaginar. Sempre formam pessoas que nos são exemplos. Sempre notamos que realmente só o Pai poderia fazer uma obra como aquela.

As dificuldades são a escola de Deus, como já foi dito diversas vezes antes. E se elas vem para nos levar para mais perto Dele, para sermos mais parecidos com Cristo, então cada uma delas vale a pena.
Se essa é a sua situação, que mesmo agora, mesmo como você está, mesmo machucado, cansado ou como você se sinta, você consiga entregar o seu coração como sacrifício vivo ao Senhor, pois "o Seu amor é Mais doce que o mel, mais forte que a morte, leva nossos fardos e nos ensina a dançar" ❤

Vá mais a fundo. Permaneça firme. Aprenda força, perseverança, resiliência, fé. Confie que o fim será muito melhor do que o que você consegue imaginar agora. Pois o Autor da obra é fiel para conclui-la. Não se esqueça: Ele nunca falhou. Não é agora que Ele vai mudar.