sábado, 30 de dezembro de 2017

Aprendizado e conquistas - sobre 2017



Neste sábado friozinho em São Paulo, véspera da véspera de ano novo, me lembro que ontem a noite, assistindo à Retrospectiva de 2017 em um canal na televisão, entendi que eu só conseguiria digerir este ano se escrevesse sobre ele. E cá estou :)

Acho que precisamos voltar em dezembro de 2016, quando eu estava: desempregada e não tinha: a menor ideia de como seria 2017. No meio de toda essa indefinição, eu entendi que este seria um ano de aprender a confiar. E tive muitas lições sobre isso. No dia 23 de dezembro, fiquei sabendo que passei em uma entrevista e que, de tudo, começaria o ano empregada.

Mesmo sem a menor perspectiva sobre 2017, uma coisa q repeti nesse dezembro foi: 2017 vai ser loko hahaha e foi mesmo!

Nos primeiros dias do ano tive que lidar com a expectativa de um novo emprego, que não me trazia muita segurança, e com dificuldades em um trabalho voluntário, pelo qual fui apaixonada desde que iniciei, porém do qual alguns meses depois precisei abrir mão, por não ser mais o tempo e nem meu tamanho =/

Neste emprego fiquei menos de um mês rsrs porque em 25 de janeiro - sim, no feriado de aniversário de São Paulo - recebi um e-mail do André da Rádio Trans Mundial com a oportunidade da minha vida. Ironicamente, fiquei muito em dúvida kkk Principalmente pelo fato de a Rádio ser MUITO longe da minha casa. Mas, orei, perguntei pra Deus, pros meus pais, pra alguns amigos (e pra quem mais precisasse kkk), fiz uma lista de prós e contras e fui muito surpreendida, porque todos os benefícios - desde trabalhistas até a liderança completamente humanizada - são muito maiores do que eu podia sequer acreditar.



E então, aceitando um emprego, acabei abraçando uma missão. A minha missão. Descobri definitivamente minhas vocações. Descobri pelo que morrer e decidi viver por isso. Todas as vezes que paro para pensar sobre onde estou e tudo o que tem acontecido, toda vez que me atrevo a tentar imaginar o que pode acontecer daqui pra frente, fico completamente sem reação. Deus tem feito por mim e em mim muito, MUITO mais do que eu mereço. A missão Dele é minha razão de viver hoje.

Mas é lógico que ninguém consegue estar diante de uma descoberta dessas sem algumas crises. E misericórdia, eu acho que tive pelo menos uma por mês kkk Eu conheci um mundo completamente novo, tive minha visão ampliada em algumas questões e isso obviamente me fez questionar o que eu tinha por confortável e certo. Eu acho que foram pouquíssimas as áreas que passaram ilesas a essas crises kkk Por isso também tive que aprender a reorganizar algumas coisas, a entender alguns limites, principalmente meus, e a estabelecer outros. A partir disso as pessoas não conseguem entender bem o que mudou rsrs

Este também foi um ano de algumas aventuras, de conhecer lugares novos e de realizar sonhos. Em agosto, fui para a Jocum de Almirante Tamandaré participar de um treinamento de jornalismo. Eu embarquei nessa (de avião pela primeira vez na vida) sozinha, sem conhecer ninguém lá, pra passar um frio para o qual eu não estava preparada (minhas roupas não couberam na mala kk) e aprender coisas que eu jamais imaginei, ter contato com pessoas maravilhosas, apaixonadas pela Missão de Deus de uma forma que me impactou demais. Nessa, ganhei colegas, amigos e uma irmã linda. ♥



Também realizei o sonho de conhecer Maceió e Maragogi *-* eu sonhava com isso desde os 18 anos e achava que só conseguiria ir se fosse em lua de mel ou alguma ocasião assim, mas aí a Luana me chamou para ir viajar, eu falei "que tal lá?" e ela, maluca, topou! Hahaha Foi lindo conhecer aquilo tudo, embora a chuva tenha dificultado um pouquinho o rolê. Que lugar maravilhoso *-*


Quatro amigas minhas decidiram se casar neste ano. Fui madrinha de duas (pela primeira vez, também) e foi um prazer enorme poder compartilhar da felicidade dessas lindas!




E falando em amigos, muitos novos foram feitos, principalmente na Rádio, onde também ganhei uma irmã (que é uma Lady, por sinal haha), um discipulador e líder, uma conselheira e discipuladora também, bons conselheiros, e ótimos momentos. Meus antigos amigos não escaparam das minhas crises :( haha uma das coisas que estou aprendendo é a ter paciência e nem sempre tive com eles. Peço perdão e agradeço porque, por mais difícil que tenha sido, vocês não desistiram de mim e tem sido ótimos (principalmente em me fazer surpresas haha) (e apesar das chatices de vcs, claro). Obrigada principalmente a quem não saiu do meu lado (minhas bests).


Minha família foi essencial neste ano. Estivemos juntos em muitos momentos, aprendemos a nos ajudar um pouco mais, aproveitamos muito (principalmente com meu VR rsrs), choramos juntos, enfrentamos a perda da minha avó materna e todas as dificuldades que o luto traz, nos apoiamos nesses momentos, nos esforçamos para facilitar as coisas uns para os outros, fomos imperfeitos, brigamos, mas terminamos este ano unidos, como tem que ser. E eu louvo a Deus por vocês, meus amores. Principalmente pai, mãe, Kall, minha prima-irmã, tia Emília, Victor, tia Nena e família.



Também tive desafios profissionais maravilhosos! Pude atuar efetivamente na comunicação institucional da Rádio, tive a oportunidade de fazer o conteúdo para uma revista institucional inteira sozinha - uau! haha (mas ela só ficou perfeita graças à diagramadora ahazo), estou enfrentando mais um teste para uma oportunidade que só posso ser grata por receber, pude participar da Social Media Week como nunca havia antes, fazer contatos, fazer entrevistas veiculadas na programação, fui convidada para participar do Na Contramão, para ser apresentadora do Calendário de Oração do Mulheres de Esperança a partir de janeiro... Muito aprendizado e conquistas que eu só poderia viver estando onde estou *-*

Enfim, este foi um ano de muito aprendizado e conquistas. Muitas realizações, apesar das crises.
E isso me faz ser grata ao Senhor que tem cuidado de mim e da minha família, nos sustentando até aqui e me enchendo da convicção de que Aquele que começou a boa obra em nossas vidas - e que boa obra *-* - é fiel para aperfeiçoá-la até o dia de Cristo Jesus (Fp. 1.6). Encerro este ano convicta de que a Sua graça me basta porque o Seu poder se aperfeiçoa na minha fraqueza (2 Co 12:9).

Para 2018, também tenho algumas indefinições, que fazem parte. E já sei que também será um ano de aprender sobre confiança. Espero que a aventura seja grande como foi a deste ano :)


(Segura esse post cheio de imagem hahaha pensei que, já que eu tenho várias, seria legal colocar umas fotos nesta retrô. O que acharam?)

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Real

Diante de um Amor real,
profundo como eu jamais conseguiria imaginar
que se aproxima de mim,
que sabendo que jamais mereceria,
ainda me ama, me quer e me aceita

Diante de um Amor disponível,
acessível não apenas a mim,
mas disposto a salvar toda a humanidade
com apenas um sacrifício,
o Maior dos sacrifícios

Diante de um Amor manifesto
na criação, na beleza, no amor
a qualquer um que esteja disposto
ou apenas precisando
ou que esteja desesperadamente procurando

Um Amor que se anuncia
em nossa formação, em nossa genética
que está dentro de cada um
e que enquanto não o encontramos
temos que lidar com aquele vazio que é universal

Diante deste Amor,
como não se render?
Como não anunciar?
Como não abrir mão do meu orgulho?
Como não querer ser mais do que sou?
Como não querer ser alguém melhor?
Como não amar como Ele me amou?
Como não abrir mão do meu conforto?
Como achar que o nível raso é suficiente?
Como não lhe obedecer?
Como meu coração não queimaria pelo que o Dele queima?
Como priorizar as minhas coisas, as minhas vontades, os meus sonhos?
Como achar que qualquer coisa é importante diante da Beleza, diante da Grandeza, diante da certeza de Sua realidade, ou quando mesmo diante das dúvidas, Você me mostra que é real, que não deixa de me amar e ainda me acalma?
Como guardar para mim aquilo que me foi revelado quando eu não era ninguém, quando eu não merecia, quando eu estava tão perdida em mim mesma que precisava de um Salvador externo para me tornar melhor do que eu tenho sido?
Continuo não sendo ninguém e não merecendo, mas hoje vivo a Graça, que de graça recebi e por ela vivo por aí.
Anunciar é a consequência de viver.

Então, me faz alguém real, pois Teu amor é real ♥ ♫

domingo, 17 de setembro de 2017

Intense

A intensidade é uma característica que tenho. Sempre gostei dela com a mesma intensidade que a odiei.
Em uma virada de ano, desejei que aquele fosse um ano intenso. No final desse ano, aprendi a lição: é melhor tomar cuidado com o que peço.
Essa intensidade aumenta tudo. Se gosto, se não gosto, se estou triste, se estou alegre, se estou próxima, se estou distante, se estou tranquila, se estou cansada, pode ter certeza de que sempre é muito.
Por isso não entendo quem escolhe um estilo de vida pacato ou raso.
Entrar em um projeto ou relacionamento só me faz sentido se for para entrar de cabeça, me jogar, me envolver, cuidar, opinar.
Claro que já fiz isso muito errado. Hoje tenho aprendido que intensidade não é sinônimo de dominação, que ninguém tem obrigação de nada comigo e que muitas vezes é sozinha mesmo que eu tenho que me virar.
E aprender essas coisas me trouxe a uma nova fase. Prefiro o equilíbrio, que pra mim é ainda mais difícil de encontrar. Prefiro a leveza e aprender a lidar com minhas próprias carências e limitações. Mas ainda assim, prefiro ir ao fundo. Sofrer o que tenho que sofrer por conta do envolvimento, aprender o que tenho que aprender, crescer o que tenho que crescer. 
Eu só não consigo achar que relacionamentos e projetos rasos são o suficiente.
Por que manter a distância? Por que se importar só quando isso me beneficia? Por que não chorar com quem está triste e sorrir com quem está alegre? Por que agir como se não tivesse nada a ver comigo? Por que não se envolver intensamente, mesmo que para isso seja necessário e super saudável estabelecer limites?

Diante da liquidez, minha intensidade tende a dizer: é melhor ficarmos só nós, miga. Eu concordo, mas entendo que é necessário ir além do meu conforto pra que as coisas possam ficar um pouco mais sólidas. Sei que mesmo meu esforço todo muitas vezes não é suficiente, e que nem sempre tenho razão, mas sempre vale tentar.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Tempo

Tempo preenchido
Tempo corrido
Tempo cansado
Tempo perdido
Tempo esgotado

Com a agenda cheia, lotada, e com o coração vazio, me questiono sobre a real relevância de tantas tarefas.
Tantas coisas que me consomem o tempo de tal forma que não me resta tempo pro importante.
Descansar, ver meus amigos, me cuidar, ter um hobbie, um lazer ou mesmo ir ao museu, que tanto gosto, só se me sobrar tempo, o tempo que me falta.
Assim, o que é importante, os momentos com Deus, os momentos de solitude ou mesmo de auto conhecimento, ficam de escanteio, pra se rolar uma brecha na agenda.
Mantenho esse ritmo até surtar e quando surto, me pergunto a razão de tudo. Se é x que toma meu tempo, então por que durante as férias ainda me sinto cansada? Se isso é tão importante, por que estou tão agoniada? Se fazer tudo isso é realmente necessário, por que o vazio continua aqui dentro? Se eu fizer tudo o que me é proposto, a cobrança vai acabar?

É preciso repensar, parar, reordenar.
O que é realmente importante senão aquilo que é maior do que momentos, mais firme do que eventos e mais duradouro do que ciclos?
Não vale ganhar tudo e a todos e me perder.
É preciso estar alinhada, descansada, alimentada, bem cuidada para poder bem cuidar.
O trivial é o que pode esperar, não o contrário.
Me ajude a caminhar assim, por favor.

terça-feira, 25 de julho de 2017

Dia do escritor

Hoje é dia do escritor.

Ernest Hemingway definiu bem o que você precisa fazer para ser um escritor: "Tudo o que você precisa fazer é se sentar em frente de sua máquina de escrever e sangrar".
Eu escrevo desde que sou adolescente e desde cedo constatei que Hemingway estava certo. Escrever é sangrar, é colocar pra fora aquilo que está dentro de mim, às vezes me afligindo, em outras me incomodando, em outras, ainda, me encantando, quase sempre me sufocando. Às vezes é preciso sangrar para lembrar que estamos vivos. Para mim, é preciso escrever para conseguir viver normalmente.
Escrever sempre me foi tão necessário que foi quase natural trocar qualquer outra faculdade por jornalismo. Escrever sempre foi tão natural que foi quase consequência escrever um livro diante de uma mudança drástica na minha vida. Escrever sempre foi tão consequente que sonho em fazer isso até quando ficar velhinha. Escrever sempre foi sonhar de forma a outros participarem e isso é muito prazeroso.
É claro que nem tudo são flores. Sofro de bloqueios criativos como qualquer um, passo meses sem postar no blog, quase sufoco até entender que preciso parar para escrever, já chorei escrevendo, já escrevi chorando, já coloquei toda a minha dor em um "papel", já expus o que estava tentando calar, já maqueei o que era bem claro, enfim, já sangrei em frente à minha máquina de escrever, papel, computador ou celular. E espero que isso continue a acontecer sempre.
Sou só uma aspirante a escritora, mas fico feliz pela comemoração desse dia que também é meu!
  • Feliz dia pros amigos e companheiros de sangramento rsrs 

segunda-feira, 12 de junho de 2017

É dia dos namorados e está tudo bem :)

Hoje é 12 de junho, dia dos namorados, e minha amiga Larissa me marcou em um texto que me inspirou a escrever sobre isso também.
Bem, essa é uma data comercial, todo mundo sabe, mas é incrível como ela tem influência sobre nosso emocional, estejamos solteiros, estejamos namorando ou até mesmo casados. São poucos os que não ligam para a comemoração dessa data.
Bem, pra mim, esse é só mais um dia 12 de junho em que estou solteira, mas ele também é totalmente diferente. Antes de ter um namorado, eu sofria com uma carência enorme nessa data todos os anos; quando eu tinha um namorado, nós tínhamos a obrigação de celebrar nosso amor nessa data. Não, não podia ser em outro dia, muito menos podia passar em branco; no meu processo de cura, após o término, eu preferia não pensar muito nisso; mas hoje, totalmente curada, está tudo bem.
E está tudo bem estar solteira, assim como em algum momento estará tudo bem estar em um relacionamento porque hoje eu aprendi que a vida é MUITO mais do que isso, aprendi que os ótimos relacionamentos que podemos ter e cultivar são muito mais do que relacionamentos amorosos e que mesmo estes não precisam ser baseados na minha própria carência e consequente egoísmo.
Esteja em um relacionamento ou não, acredito que sempre é tempo de entender e aprender isso, de se dedicar ao amor altruísta seja a quem for e ter empatia pelo próximo, seja este realmente próximo ou seja um desconhecido, e mais ainda: de ser curado por Jesus Cristo dessa necessidade de afirmação no afeto de outra pessoa. Quem Ele é, como nos enxerga e o que fez por nós é o bastante para nos definir.
O amor é muito mais do que o amor romântico. E mesmo relacionamentos amorosos não são tão românticos quanto sonhamos. Assim, só é possível viver o amor de maneira plena quando conhecemos Aquele que é o Amor e deixamos que Ele nos preencha.

Nesse 12 de junho e em todos os outros dias, seja preenchido pelo Amor. E use essa oportunidade para, sim, celebrar e demonstrar o amor por seu parceiro, por seus amigos, pelo próximo, por desconhecidos. O Amor é mais importante do que uma data.

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Porque parei de usar o Instagram

Tô me sentindo muito blogueirinha escrevendo esse texto, mas fui motivada pela notícia do G1 "Instagram é considerado a pior rede social para saúde mental dos jovens, segundo pesquisa".

No mês de dezembro eu estava trabalhando como Social media em um show, muito incomodada por não estar participando (ossos do ofício :S). Depois de um tempo, eu decidi que já tinha feito o suficiente e fui pro outro lado do ambiente, quando em deparei com uma galera fazendo lives. Olhei pro outro lado e foi a mesma coisa.
Então, me perguntei o porquê de essas pessoas pagarem um ingresso apenas para mostrar pros outros que estavam ali. Elas perdem o evento, não participam, não aproveitam, mas estão mostrando que estão ali.

Essa cena se repetiu em outros eventos e também a vejo no dia a dia: pessoas que PRECISAM tirar fotos, ostentar, gravar vídeos e na verdade nem estão gostando do que estão vivendo / experimentando / da companhia. E por que?

No evento lá de cima, eu decidi que não seria mais assim . E me perguntei qual a rede social em que há mais ostentação e logo a resposta foi bem clara. Demorei um pouco para conseguir, mas desde que deixei de usar o Instagram sinto: zero falta e sem a necessidade de ficar me afirmando por meio dessas postagens. Aliás, é até estranho quando posto diretamente no Facebook, mas às vezes preciso.

Como trabalho e sou apaixonada pelas mídias sociais, pela revolução que elas causaram na publicidade, no acesso à informação e etc., e sou meio viciadinha haha, confesso que não é tão fácil ter essa postura. Isso sem contar que às vezes pego o celular e não tem notificação nenhuma e fico meio sem o que fazer, o que é bom porque normalmente vou fazer outra coisa tipo ler e conversar com meus pais.

E exatamente como profissional de mídia, me pergunto qual é a necessidade disso, pra quê esse frenesi? A beleza da vida está no simples, naquele bate papo que não rendeu uma foto pra registrar, naquele céu visto da janela do trem que ninguém mais parece ligar, naquele passarinho correndo entre o arame farpado que só um fotógrafo profissional conseguiria registrar.

A beleza da vida também está na sua efemeridade. Então, pra quê registrar tudo? A gente vai acabar. A gente vai passar. E está tudo bem, assim como está tudo bem não ser magérrima, não ser feliz o tempo todo, não manjar MUITO da área que você atua a ponto de poder (e precisar) dar dicas, não ter a alimentação mais saudável nem nos lugares mais legais do mundo, mas comer marmita na copa do trabalho porque não tem mais VR ou porque tá com problemas no estômago, enfim, tá tudo bem só viver.

Diante de tudo isso, decidi não usar mais o Instagram. E você, por que usa essa rede social? Essa exposição (tanto sua quanto dos outros) te faz bem? O que acha da matéria que coloquei lá em cima? :)

quarta-feira, 26 de abril de 2017

25 razões para agradecer

Vocês todos sabem que estou fazendo 19 anos em cada perna haha são 25 ♥ e ultimamente tenho pensado bastante sobre gratidão. Sabem? Eu só tenho motivos para agradecer por ter chegado até aqui e sabe? Quero passar os próximos 19, digo 25 haha, me sentindo ainda mais grata, pois tenho certeza que ainda tem muuuuuito por vir ♥


  1. Eu nasci - e vocês tiveram o prazer de ter uma pessoa maravilhosa no mundo - em uma família maravilhosa em sua humanidade e imperfeição, cheia de pessoas amorosas, que sempre cuidaram de mim e me protegeram, mesmo quando eu não sabia ou queria isso.
  2. Eu tive a melhor criação que alguém poderia ter: "Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele." (Pv. 22:6)
  3. Logo na infância conheci minha melhor amiga, que segue firme e forte até hoje me amando mais que tudo hahaha (te amo também!)
  4. Essa infância, inclusive, rendeu boas histórias para contar.
  5. A adolescência também! ♥
  6. Todas as bads da fase e as outras também, foram superadas com sucesso rs e me ensinaram sobre resiliência, identidade, etc., etc.
  7. Ter sido criada em um lar cristão não é suficiente para ser alguém que tem uma vida com Deus. É preciso uma decisão. E a primeira que tive que tomar foi na adolescência. Ela me custou algumas coisas, principalmente algumas amizades, mas super valeu a pena.
  8. A maioria dos amigos dessa e alguns de outras fases se foram, mas isso me fez aprender coisas como: quem é verdadeiro permanece, resiliência, que isso faz parte da vida e que preciso aproveitar ao máximo enquanto as pessoas estão por perto.
  9. Pude estudar o que amo durante quatro anos e sair de todas as aulas pensando: "que coisa genial! Ainda bem que estou estudando isso!" hahaha
  10. Logo cedo (e aqui eu quebro a semi cronologia e volto pra minha intenção inicial de só agradecer mesmo), descobri meu dom - mesmo sem saber que era um dom - e isso me gerou uns quatro blogs, um fotolog com legendas muito bem elaboradas, um livro do Harry Potter em um concurso de redação, a certeza de que era jornalismo e um livro (que ainda é só ebook, mas você pode comprar na Amazon).
  11. O livro é, inclusive, uma história de superação. Ele surgiu de uma das maiores decepções da minha vida e hoje é um dos meus maiores orgulhos *-*
  12. Aos 18 anos Deus me disse qual é o meu chamado. Mas uns cinco anos depois, entendi que isso não era tudo que Ele tinha pra mim, o tudo que Ele tem pra mim é um relacionamento íntimo, e isso me dá liberdade de não me prender a uma coisa só. Sobre o chamado, Ele vem desenvolvendo características relacionadas em mim e isso é maravilhoso.
  13. Ah, no meu período de reinvenção, eu decidi que eu quero uma coisa da vida: tudo haha (é por isso que minha agenda tá sempre lotada, amores. Não é maldade).
  14. Tenho aprendido (com um empurrãozão da minha mãe, amiga e discipuladora) a ver o copo meio cheio em vez de meio vazio e me sinto muito grata por isso ♥ (mas lembrem que ainda estou aprendendo e tenham paciência ♥)
  15. Meus melhores amigos (top 1) se chamam Valdinei e Sandra haha é maravilhoso ser amiga dos meus pais e poder viver um relacionamento saudável, maduro e agradável com eles.
  16. Eu ainda quero viajar o restante do mundo, mas sou realmente grata pelas viagens que já fiz. As com minha família são quase sempre ótimas, mas as com meus amigos são sensacionais porque incluem: virar a noite na praia para ver o sol nascer, sair pra Curitiba sem roteiro e ficar no hotel mais longe porque estava barato e tinha piscina, e chegar lá e só ter reserva pra uma haha mas dar tudo certo e encontrar conhecidos de SP no mesmo hotel.
  17. Por ter superado o medo de dirigir. Quer dizer, ainda tenho medo, mas ele não me paralisa mais :)
  18. No mercado de trabalho, já passei por uns perrengues e situações desagradáveis, mas aprendi TANTA coisa e cada uma dessas coisas me trouxe aonde eu estou hoje: um serviço cheinho de propósito, em que sou valorizada profissionalmente e como pessoa.
  19. Meus amigos e meus pais são malucos e abraçam todas as maluquices. Isso é sensacional! kkk
  20. Depois de muitas surpresas, eu descobri que nada do que eu queira está 100% inacessível, desde que eu realmente queira e que eu não preciso MESMO me preocupar (vê se entende de uma vez, Dani rs)
  21. Meus pais sempre se esforçaram para me dar tudo o que eu precisei e quase tudo o que eu quis haha desde pagar mais de metade da minha faculdade até minha festa  de 15 anos ou não me deixar desistir e super me apoiar a escrever meu livro, passando por todas as broncas e as vezes em que fizeram o que era melhor pra mim, mesmo que eu discordasse.
  22. A juventude coisa de velho falar juventude também está me rendendo umas boas histórias!
  23. Apesar de aos 24 eu já ter vivido tanta coisa boa, é maravilhoso saber que ainda tem tanta coisa boa para sonhar e conquistar.
  24. Novos caminhos sempre se abrem e no último ano, descobri uma nova possibilidade pela qual estou apaixonada, que é dar aulas de português, que tanto gosto. Isso tem sido maravilhoso ♥
  25. Minha vida não é nada do que eu esperava à beira dos 25, mas de uma forma surpreendente, ela é melhor do que eu jamais imaginei e cada um de vocês é responsável por isso. 

Muito obrigada!

quinta-feira, 30 de março de 2017

A Luz que preciso

Oh, por que tanta escuridão quando todo o meu ser anseia pela luz?
Não qualquer luz, mas A Luz, a Tua Luz
Que brilha, apaga a minha escuridão e irradia, a Luz que não se pode esconder

Olho para dentro e quase não enxergo
Olho ao redor e a escuridão é ainda maior
Tenho uma intuição de que estou olhando para os lugares errados
Mas fujo, finjo não entender

Sei que você entende: é assustador
Durante aqueles belos e saudosos entardeceres (dos quais não tenho certeza quanto ao plural)
Aqueles em que sua luz brilhava e o céu ficava cor de rosa, como Você sabe que eu amo
E eu deslumbrada corria e brincava como uma criança,
Algo aqui mudou (Ou seria tudo?)

E como criança levada que sou,
Em um momento de distração, me olhei no espelho e
Cheia de temor, fugi:
Se ficar, o que será de mim? Quem serei eu? E tudo o que sonhei?

Tola, corri, me escondi
Ignorando que há algo em mim que sempre me puxa para Ti
Achei que assim me protegeria
Mas não me ocorreu que o anseio da minha alma não cessaria

Por isso, volto
Volto porque preciso da Sua luz para iluminar os becos do meu coração
Volto porque já estou em um lugar em que não é permitido desistir - Eu não conseguiria
Volto porque preciso que Sua luz brilhe por meio de mim e ilumine escuridões as quais não ouso imaginar
Volto porque para onde eu iria se só Tu tens o que preciso?
Volto porque sei que me esperas e que não importa para onde eu vá, nunca desistirás de mim
Volto porque é de Ti que preciso

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Como nossos pais



Eu conheci a música título dessa postagem por conta de uma apresentação de jazz.
E quando você vai dançar uma música, você precisa ouvi-la 500 vezes, voltar parte por parte e acaba até enjoando, mas não foi o caso. Acabei ouvindo com mais frequência para conhecer mais e fiquei encantada com a letra e a brilhante interpretação de Elis Regina.

"Minha dor é perceber que, apesar de termos feito tudo o que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais"
A gente tem uma fase da vida meio rebelde: queremos fazer tudo diferente do que nossos pais fazem ou fizeram, queremos ser melhores do que eles porque sabemos muito melhor do que eles como lidar com as coisas.
Mas, a verdade é que, no fim das contas, "vivemos como nossos pais".

Na semana passada, minha mãe escavou os tesouros da família e, nas caixas guardadas no armário da bagunça, encontrou livros e repassou a herança à filha maluca por livros que ela tem haha Entre os mais de dez títulos que ela guarda desde a juventude (você continua jovem, mãe, fique tranquila <3), estava seu livro preferido: Olhai os lírios do campo, de Érico Veríssimo.
Ela me fala sobre esse livro desde que sou adolescente (o que não faz tanto tempo), e eu decidi que ele seria o próximo livro que eu leria, até porque ele é leve pra carregar na mochila e fácil de ler no metrô.

Para minha agradável surpresa, encontrei nos personagens preferidos de minha mãe, Eugênio e Olívia, os meus personagens favoritos: Emma e Dexter, do romance Um dia, de David Nicholls.
A trama, os personagens, suas características mais marcantes, são todos EXTREMAMENTE parecidos. Os traços dos autores, o mistério que envolve a trama... É tudo muito igual. A maior diferença está nas gerações, mesmo (assim como entre mim e minha mãe), e no fato de Érico Veríssimo ser um autor brasileiro consagrado enquanto David Nicholls é britânico e autor de best-sellers.

Em tantas outras coisas vivo encontrando semelhanças com meus pais. Muitas pessoas dizem que sou a cara da minha mãe, outras dizem que temos o jeito e o gênio iguais (não sei se é um elogio, mãe haha). Ela encontra em mim os sonhos que tinha quando era jovem e fica emocionada, além de lutar para que eu realize o que ela não realizou (como escrever um livro. Ela me apoiou DEMAIS e não me deixou desistir, nem quando eu queria, além de ter sido a primeira a ler e se emocionar com a história haha). Já me disseram, também, que sou parecida mesmo é com meu pai, e me observando, noto características de ambos e não só não tento fugir dessas coisas como acho maravilhoso que esses traços tão seus façam parte de quem eu sou de forma tão definidora.

Uma vez, ouvi que quando somos crianças, temos em nossos pais os heróis que não tem defeitos, quando somos adolescentes, vemos nossos pais como os piores de todos, que não servem para nós, mas quando nos tornamos adultos, os enxergamos cheinhos de defeitos e os amamos mesmo assim, porque finalmente podemos aceitar que eles são simplesmente pessoas, exatamente iguais a nós.
Nossas raízes interferem tanto no que a gente é que é importante sermos gratos por elas.

Obrigada, meus amores.

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Nostalgia limitada

Eu tenho um texto pendente
Pra quem escreve, nada é pior do que textos pendentes
Porque a gente busca inspiração desesperadamente
Em tudo o que a gente olha, em tudo o que a gente sente

Mas bem no dia do texto pendente,
Encontrei uma carta sua
Escondida entre lembranças e documentos
Ali não era lugar para uma carta
Assim como em nossas vidas já não cabe um nós

Passei o dia do texto pendente encontrando rimas pelos cantos
Mas quando vi sua carta, desisti de rimar
 E passei a me perguntar
O que foi que aconteceu da gente

Em suas palavras vi sinceridade
 E sim, elas falam muito sobre os nossos motivos de brigas e amizade
Mas depois de tudo, o que ficam pendentes são as respostas

Depois de nós, outros vieram, outros já se foram
Mas as palavras ficaram
E me emocionaram
Não entenda mal. Quanto a nós não há pendências
 Isso já está muito bem resolvido, com duas voltas de chave na porta

Mas, se tudo muda,
Como jovens e imaturos podíamos sonhar que o nosso para sempre não acabaria
Se depois de tudo,
Ao nos encontrarmos eu apenas sorriria
Entraria no carro e seguiria a vida?

A carta teve seu destino igual ao de todas as outras coisas que me deu
Mas deixou pendente o mistério de dois anos de resistência
Como, em meio a todas as outras coisas, bem ela ficou?

Agora me aparece mais uma pendência: esse final
Essa é a terceira vez que o escrevo

Mas lembrei que aprendi com Ruth Manus sobre a importância de escrever cartas para dizer o que não falaríamos de outra forma
Então acho essa uma boa forma de te dizer o que não falaria em nossas conversas de oi, tudo bem?, tudo bem e você?, estou bem, troquei de emprego, parabéns, agora só falta você, falta mesmo mas tá bom, tá bom então, todo mundo bem?, todo mundo bem e aí todo mundo bem?, todo mundo bem, então tá bom.

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Sobre pessoas

Eu sou apaixonada por pessoas. Pessoas pequenas que não me deixam quieta, ficam brincando de esconde comigo e que quando eu pego no colo, decidem que até querem ser Minhas amigas, mas limites, né? Pessoas que eu não chamo de melhores amigas, mas que quando me veem, abrem um sorriso contagiante e me dão um abraço no qual eu moraria, se pudesse. Pessoas que preparam minha marmita com todo amor e carinho e ainda me levam um lanchinho, que é pra eu não ter que jantar muito tarde. Pessoas que me incluem nos rolês, mesmo sabendo que toda vez eu não vou ou fico reclamando do horário ou do trabalho de ir. Pessoas que me chamam no WhatsApp sem eu precisar chamá-las e que eu posso chamar sim de melhores amigas e compartilhar a alegria delas. Pessoas das quais eu sinto falta e com as quais às vezes fico brava porque quero mostrar o quanto amo estar com vocês enquanto me fazem sentir amada. Pessoas que me são um mistério, que eu fico tentando adivinhar a linguagem do amor e a cor favorita, só pra poder fazê-las sentirem como me sinto. Pessoas que decidem que sou uma mocinha com cara de quem quer conversar e que fazem Minhas viagens no caótico transporte público serem, no mínimo engraçadas (e que me contam que trabalharam com o Chateaubriand, mas querem mesmo me falar como o Gandhi é legal). Inclusive, pessoas que me fazem atravessar a cidade inteira pra ir em uma palestra ou um lançamento só porque as sinto como melhores amigas. Pessoas em quem invisto meu dinheiro como se estivesse investindo em mim mesma. Pessoas nas quais eu posso ver Deus e que quando estou com elas, me sinto mais perto Dele. Pessoas que me apresentam livros sensacionais dentro dos quais existem outras pessoas imaginárias, mas igualmente fantásticas. Pessoas que acreditam em mim, em meus sonhos, em Minhas loucuras até quando eu mesma tenho que falar pra elas que isso é loucura. Pessoas que acham Guaravita gostoso e eu não consigo entender o porquê. Pessoas sem as quais não conseguiria viver e pelas quais vale a pena viver.
Vocês não são fáceis e eu sei que eu também não, mas gostaria de dizer que sou grata por vocês fazerem parte da minha vida e que eu amo vocês, pessoas.