segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Sobre ilhas

Partimos do pressuposto de que o outro sempre está bem: que vai rir das nossas piadas, que vai responder nosso bom dia, que vai nos dar suporte, que vai estar no mesmo clima que nós estamos.
Ficamos magoados quando o outro reage como não gostaríamos. Levamos pro pessoal e rotulamos a pessoa de mal humorada, chata, azeda - ou estranha, quando a conhecemos e sabemos que ela normalmente não é assim.
Em nossas relações, costumamos nos esquecer de que nos relacionamos com humanos como nós, que também passam por dias, fases ou mesmo momentos ruins, que estão indispostos, com alguns problemas ou mesmo mal humorados, já que todos temos direito a esses dias.
Alguém disse que não sabemos pelo que estão passando aqueles que passam por nós diariamente e que, por isso, precisamos ser gentis. E esse é um conselho bastante acertado, já que cada ser humano é um universo inteiro - e à parte.
Diante dos estranhos, mal humorados e azedos, nos fechamos em nossa própria afetação e nos esquecemos de quebrar a barreira do gelo e nos aproximarmos do outro ser, que também é humano, para conversar e entender se está tudo bem e, quem sabe, fazer a diferença no dia daquela pessoa.
Isolados em nossas próprias ilhas, nos afastamos uns dos outros. Mas que tal ser um daqueles que aprenderam a construir pontes, mesmo que essas passem por mares agitados? :)

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