quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Sonho

Oi, você, com quem sonho desde criança.
Você, de quem imagino o sorriso, quase ouço a voz em minhas músicas favoritas, vislumbro seu olhar quando alguém me olha com ternura.
Gosto de te imaginar chegar, me dar um beijo carinhoso, deitar comigo e me abraçar, depois de um jantar simples, porém delicioso, que você fez e eu ajudei, porque você sabe que eu cozinho, mas domino melhor a arte de comer haha. Fazemos tudo isso na casa aconchegante que chamamos de lar. Você me dá um beijo e vamos para o quarto sonhar.

Sonho. É assim que você é desde que te via em meus contos de fada favoritos.
E quando cresci um pouco mais, entendi que você realmente era um sonho. Em outros olhos, enxerguei vislumbres de você, e como pra mim aquilo era o máximo que poderia ter, tomei aqueles olhos como meus, ou melhor, como seus. Mesmo que não fossem, assim, você, eles eram o suficiente pra mim, porque eu seria feliz de ter comigo alguém que eu pudesse sonhar ser você. Mas não adiantava, aqueles olhos não eram os seus. Logo, não eram os meus.

Em um dia de sonho, acordei e encontrei em minha realidade alguém muito parecido com você.
E eu ainda não sabia que você poderia ser real. E minha ignorância me permitia conformar com menos do que eu sonhava - desde que houvessem vislumbres seus.
Mas então, descubro que há uma possibilidade, mesmo que pequena, de você ser real, e quem não é você já não me é suficiente. Não é como se antes as coisas fossem fáceis, mas você as deixou mais difíceis.
Contudo, não pense que reclamo. Eu amo desafios. E amo mistérios.
De qualquer forma, já que há a possibilidade de você existir, por favor, não demora muito! Vem! Vamos escrever e compartilhar histórias, trocar livros e indicações, entender olhares e pedir sugestões, andar de mãos dadas por aqui ou por Paris. Vem!

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