sábado, 7 de novembro de 2015

Amor

Absurdo, inimaginável, inaceitável alguém amar assim
O Criador se apaixonar pela criatura, a escandalosa entrega,
Aquele que é tudo se diminuir, se sujeitar
Quem pode aceitar? E quem vai questionar?

Diante dessa grandeza, a criatura se perde
É bondade de mais.
Em sua pequenez não consegue entender
Então foge, corre, vive como quer, não corresponde a esse amor

Mas o amor não se contém
É furioso, obstinado
E à criatura, irresistível

Quando acha que está tudo ok, que já conseguiu se adaptar, viver sozinha e à sua maneira,
O amor do Criador vem e confronta a criatura
Essa se acanha, se encolhe e se lembra: não mereço
Mas na primeira tentativa de fuga se vê refém

Luta, tenta, pensa, questiona, briga
Mas não resiste
Já foi inundada pelo Amor e compartilha da graça imerecida e da misericórdia necessária
Então, se entrega
Mesmo sabendo que nessa entrega não tem mais controle, escolha ou direitos

Quando compreende a grandeza do Criador e percebe que jamais poderá limitá-lo às suas vontades, desejos ou sonhos
Sente um pouco de receio
Mas o Amor lança fora todo medo e lhe abre os olhos
Então, percebe que o viver já não tem valor se não for para o Criador

Assim, a criatura se entrega
Sua vida muda, seus sonhos mudam
E aquilo que tinha por importante para si hoje já não faz sentido
O que faz seu coração bater mais forte é viver a vontade do Criador e corresponder ao Seu amor


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